Dizem que assim como o vinho, as pessoas despertam para a culinária de uma hora para outra, sem perceber exatamente o momento em que isso acontece.
Comigo foi assim. Hoje me considero um bom chefe, modéstia as favas como dizem aqui em Minas Gerais. Vou relatar rapidamente como me aconteceu.
Quando morei só, após a separação, muitas vezes fui obrigado a ir para a cozinha. Na madrugada, nas “laricas” inesperadas, enfim, sempre surgia uma oportunidade, mas estas não me atraiam de verdade.
Em cada capítulo ele começa receitando um prato sofisticado e saboroso, alguns exóticos.
O livro é interessante e recomendo a leitura, as receitas também valem a pena conhecer.
Foi ai então que aconteceu minha paixão pela comida. Confesso que morando no Rio de Janeiro na época logrei muitos êxitos em missões profissionais e pessoais utilizando a minha então incipiente vontade de cozinhar.
Com o vinho não foi diferente. Na época era comum todos degustarem vinhos brancos, os alemães eram a moda. Não existia esta cultura como existe hoje. Tomava vinhos e espumantes, mas não degustava como deveria e talvez nem soubesse o quanto era bom.
Uma vez em viagem a San Diego, comprei um vinho tinto californiano, o nome me recordo até hoje, Optimum Classic, Cabernet Sauvignon, não me lembro o produtor. Foi como um passe de mágica o buquet, o sabor e a empatia que tive com aquele tinto. Quando somei as receitas colhidas de J. M. Simmel, foi a glória.
Hoje depois de alguns cursos e muitas pesquisas posso dizer que encaro bem as missões na cozinha. Para mim cozinhar é lazer, prazer e desafio.
Estes momentos são memoráveis, se ainda não tiveram os seus, podem esperar, é questão de tempo e um dia vão se lembrar do momento em que tudo acontece.
Murilo Prado Badaró
*** Economista, Ambientalista e Empresário
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