Decantar ou não decantar o vinho?
Um dos rituais que mais intimidam os apreciadores do vinho na hora de tomar um bom tinto é o uso do processo de decantação do liquido antes da degustação. Geralmente o vinho é despejado em um recipiente, comumente chamado de Decanter, e na maioria das vezes bonitos e imponentes.
Se você for beber bons vinhos tintos durante a vida, provavelmente se deparará em algum momento, mais cedo ou mais tarde, com esse famoso recipiente. Talvez você mesmo possa ser o responsável pela decantação ou então, apenas apreciará este modus de degustar esta milenar bebida oriunda da uva.
Na maioria das vezes, principalmente nos casos leigos, a pergunta é: Porque e para que despejar o vinho, que passa anos nessa garrafa, em um recipiente de cristal na hora de beber?
Existem duas razões para tal:
- No caso de vinho jovem e tânico, o contato com o ar, processo chamado de aeração, faz com que o vinho fique mais suave e diminua sensívelmente a aspereza do tanino;
- No caso de vinho envelhecido, com mais de oito anos, a decantação serve para separar os sedimentos do liquido e, também, para aumentar o contato com o ar.
Apesar disso, temos que observar que a maioria dos tintos não precisam ser decantados e os bebedores, o fazem, para requintar um pouco o momento.
Em geral, os tintos jovens e baratos (menos de 20 reais) e/ou tintos com cores mais claras e menos encorpados não melhoram em nada com o uso do decanter.
Já os tintos jovens de cor escura, com preços um pouco mais elevados melhoram sensivelmente com a aeração, dependendo da região e da safra, melhoram ainda mais com a segunda decantação - despejar o vinho de um recipiente para o outro.
Explicado que ta o processo de decantação de um vinho tinto, não existem mais motivos para se intimidar na hora que se depararem com a decantação. Basta apreciar e entender o porque desse requintado ritual e quem sabe discutir sobre a aeração e os sedimentos que permanecerão no fundo do decanter.
La Cuisine Conviviale
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